247 - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta sexta-feira (17) que o emprego e os salários pagos na indústria brasileira cresceram em novembro de 2024. Segundo a pesquisa "Indicadores Industriais", houve aumento de 0,2% nos postos de trabalho no setor, elevando o acumulado do ano para 2,2%. O rendimento médio dos trabalhadores industriais também apresentou alta de 0,2%, totalizando crescimento de 1% entre janeiro e novembro.
A massa salarial, que representa a soma dos rendimentos pagos aos trabalhadores, subiu 0,4% de outubro para novembro, acumulando alta de 3,2% ao longo do ano. Para Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, o desempenho positivo do mercado de trabalho foi um dos principais motores do crescimento econômico em 2024. “Quando esses indicadores sobem, há mais renda na mão dos trabalhadores e, consequentemente, mais consumo. Isso possibilita que a economia gire de forma positiva”, destacou Azevedo.
Estabilidade nos indicadores de atividade industrial - Apesar do crescimento no emprego e na renda, os indicadores ligados diretamente à atividade industrial mantiveram-se estáveis em novembro. O faturamento das empresas variou 0,1% no mês, com alta acumulada de 5,6% em 2024. As horas trabalhadas na indústria tiveram leve queda de 0,1%, mas o indicador cresceu 4,5% no acumulado do ano.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) permaneceu em 79,8% em novembro, um avanço de 0,7 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023, refletindo um uso consistente da infraestrutura industrial.
A pesquisa Indicadores Industriais acompanha mensalmente a evolução da indústria de transformação brasileira desde 1992, em parceria com as Federações Estaduais das Indústrias. O levantamento cobre mais de 90% da produção industrial do país, monitorando variáveis como faturamento, horas trabalhadas, emprego, rendimento médio, massa salarial e UCI. Com o cenário de estabilidade na atividade industrial e crescimento no mercado de trabalho, a indústria brasileira encerra 2024 com perspectivas positivas para o consumo e o desenvolvimento econômico em 2025.